Especialista do Hospital CEMA explica como funcionam as cirurgias refrativas, uma solução segura para quem quer abandonar os óculos

O que antes era uma marca registrada na vida de muitas pessoas, hoje é um dos artigos mais populares. Os óculos de grau são uma solução para muitas pessoas que sofrem com distúrbios refrativos, como miopia e hipermetropia. No entanto, nem sempre eles são bem-vindos e muitos adorariam poder se livrar deles. Além das lentes de contato, existe a opção de fazer uma cirurgia refrativa. “Nos últimos anos os avanços no tratamento de erros refracionais têm sido significativos. Hoje a cirurgia refrativa não é apenas uma cirurgia a laser corretiva. Temos implantes e lentes intraoculares, que são cirurgias minimamente invasivas”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Wilson Obeid (CRM 74532).
 

Os distúrbios refrativos ocorrem quando há uma falha na forma como o olho refrata (desvia a luz). Esse problema gera uma baixa na acuidade visual (no modo como se focalizam objetos e pessoas). A miopia é o principal problema refrativo, e ocorre quando há dificuldade de enxergar coisas que estão longe da visão. Ela é cada vez mais comum e afeta, atualmente, cerca de 25% da população brasileira. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2050 metade das pessoas do mundo todo serão míopes. A hipermetropia faz exatamente o contrário: gera uma dificuldade de ver coisas que estão perto. Já o astigmatismo ocorre quando há anormalidades na curvatura do sistema óptico. Um outro erro refracional bem comum é a presbiopia, consequência natural do envelhecimento, e que causa uma perda gradual da elasticidade da lente natural do olho (cristalino).
 

Vale lembrar que a cirurgia refrativa não vale para todos os casos, portanto é importante conversar com o médico de confiança para saber se essa é uma solução possível. Porém, no geral, esse é um procedimento que corrige até 97% dos casos de miopia, astigmatismo e hipermetropia. “A cirurgia refrativa é um método seguro, eficaz, que melhora a qualidade de vida do paciente”, detalha o médico. Segundo ele, uma revisão de quase 100 estudos publicados desde 2008 mostrou um índice de satisfação de 98,8% das pessoas que fizeram o procedimento a laser.