Abuso de suplementos vitamínicos prejudica a saúde
No mês do farmacêutico, especialista alerta que a administração sem supervisão pode causar sérios problemas ao organismo
Tomar complexos vitamínicos a fim de fortalecer o sistema imunológico parece uma excelente forma de cuidar da saúde. Com certeza é, se o corpo estiver em déficit de vitaminas, caso contrário poderá ocorrer uma hipervitaminose.
Conhecidos como “complexos de A – Z”, apesar de terem seu registro como suplementos vitamínicos e serem vendidos sem prescrição de um profissional de saúde, seu consumo em excesso e necessidade podem causar sérios prejuízos à saúde. Segundo a Professora Ivana Stefanini Carreiro Scachetti, coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, o uso dessas vitaminas só deve ser feito se houver necessidade. “Existem diferentes motivos que dificultam a absorção de vitaminas e nutrientes no organismo. Para comprovar essa carência é necessário a realização de exames e somente um profissional de saúde pode fazer a indicação e dosagem adequada para cada necessidade”, explica.
Algumas vitaminas utilizadas em excesso podem simplesmente ser eliminadas pelo corpo, mas outras, como A, D e K acabam se acumulando no organismo e podem causar algumas sequelas. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode sobrecarregar veias e artérias, além de causar a perda da função renal. “A automedicação nunca é o caminho, mesmo em relação aos suplementos. É fundamental ter a prescrição de um profissional antes de utilizar qualquer medicamento, mesmo aqueles que são vendidos como suplemento alimentar, como é o caso da melatonina, que muitos tem utilizado como regulador do sono, mas se trata de hormônio”, informa a acadêmica.
A especialista faz um alerta, pois alguns medicamentos parecem inofensivos, contudo, podem causar interação medicamentosa com outros que a pessoa já faz uso. O organismo pode ser sensível a algum componente da fórmula, órgãos podem ser sobrecarregados e serem prejudicados, entre outros. Por isso, o farmacêutico é um profissional essencial e atua em estabelecimentos como indústrias, laboratórios, farmácias magistrais e drogarias, assim como em hospitais e outras áreas de grande importância para a saúde.