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Falta de Coronavac: Especialistas comentam impacto no processo de imunização

Falta de Coronavac: Especialistas comentam impacto no processo de imunização

Pelo menos, nove capitais apresentam falta da Coronavac para

aplicação da segunda dose da vacina

Desde o final do mês de abril, a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac, destinada à proteção contra a Covid-19, encontra-se atrasada em, pelo menos, nove capitais brasileiras e dezenas de cidades do interior do país, devido à demora na distribuição do imunizante e/ou alterações nas estratégias de vacinação. Com isso, muitas pessoas apresentam dúvidas sobre a continuidade de seu processo de imunização: a primeira dose perde seu efeito? É preciso reiniciar o processo de imunização? Até quantos dias de atraso são tolerados para aplicação da segunda dose? Para responder essas e outras dúvidas, especialistas em saúde e imunização se unem para melhor elucidação.

A endocrinologista Dra. Reine Fonseca, Coordenadora do Departamento de Diabetes no Idoso e Imunização do Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), recomenda seguir a bula da vacina, atentando-se aos prazos entre as doses e, sobretudo, para que aplicação de ambas ocorra por meio de imunizantes do mesmo fabricante. Segundo ela, eventuais atrasos no recebimento da segunda dose não invalidam o processo de imunização em curso, nem sua eficácia.

“O fato de a pessoa ter diabetes não significa que ela terá uma resposta menor à imunização contra a Covid-19. Imunizar é altamente recomendado. E vale reforçar que não há nenhuma vacina contraindicada ao paciente com diabetes. Um dos calendários de vacina mais ricos, mais cheios, são os dos indivíduos com diabetes”, afirma Dra. Reine. Os médicos e pesquisadores destacam que a grande preocupação é o maior tempo necessário à conclusão do método de imunização.

Quem compartilha semelhante pensamento é a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. A entidade aponta ainda a necessidade de atentar a outras vacinas, além da indicada para prevenção da Covid-19. Dentre elas está a vacina contra a gripe (influenza/H1N1) cuja campanha de imunização encontra-se ativa em todo o país.

“Em idosos, sobretudo, os com diabetes, essa doença passa a ter grande valor epidemiológico pelas graves consequências que provoca, com aumento substancial do morbimortalidade. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a Influenza e reduzir a morbimortalidade associada à doença nesse grupo populacional e, nas últimas décadas, essa medida tem sido usada com sucesso para reduzir os impactos da enfermidade nessa população”, comenta a geriatra Dra. Priscila Gaeta.

De acordo com as especialistas, a Influenza é capaz de descompensar o diabetes, gerando maior necessidade de atenção ao controle da glicemia. Além disso, a vacina reduz o risco de morte cardiovascular e o  risco de infarto agudo em pacientes com a doença.

“Se for necessário escolher entre a vacina da Covid e a da influenza para receber, num determinado momento, indica-se priorizar a da Covid – dadas a severidade das complicações. Contudo, não se deve deixar de tomar a da Influenza. Nestes casos, é necessário aguardar o intervalo de 14 dias entre a aplicação de uma vacina e outra”, completa a Dra. Reine.

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