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Empresários gráficos vão a maior feira internacional do setor em busca de investimentos e parcerias

Empresários gráficos vão a maior feira internacional do setor em busca de investimentos e parcerias

Evento Brazilian Day apresentará o segmento a estrangeiros interessados em novos parceiros e oportunidades em joint ventures

Um grupo de empresários e profissionais brasileiros participa da Drupa, a maior feira internacional da indústria gráfica no mundo, que tem início hoje em Dusseldorf, Alemanha, e termina no dia 10 de junho. Milhares visitantes de todo o mundo devem prestigiar 1,5 mil expositores, muitos dos quais oriundos de 50 países, como informa os organizadores. A Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) participa com um estande compartilhado com a Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Industria Gráfica (Afeigraf).

Além de estande próprio, a Abigraf Nacional promoverá no dia 2 de junho a segunda edição do Brazilian Day Investments Opportunities, visando promover o incremento de negócios e investimentos internacionais no setor gráfico brasileiro. A embaixadora brasileira na Alemanha, Maria Luiza Ribeiro Viotti, fará uma palestra nessa ocasião, juntamente com dirigentes de entidades do setor (veja  programação anexa).

Nessa segunda edição do Brazilian Day Investments Opportunities já estão inscritos até o momento participantes, do Brasil, Argentina, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Inglaterra, México, Bélgica e Holanda.

A feira

Segundo organizadores da Drupa, nessa edição, os visitantes têm a oportunidade de conhecer os mais recentes modelos e soluções de negócios, as melhores práticas de trabalho, e ainda as inovações tecnológicas. Todas as novidades em tecnologia de impressão que estão surgindo no mundo podem ser conhecidas de perto no espaço. Na produção de embalagem, por exemplo, o visitante tem a chance de observar novos processos e materiais com propriedades táteis e sensoriais especiais, juntamente com acabamentos de superfícies impressas diferenciados. Há inovações como display eletrônicos e sensores que permitem a criação de “embalagens  inteligentes”. Em impressão digital existem grandes avanços nas alternativas de versões, personalização ou customização.

Durante o evento, os expositores mostram a importância da sustentabilidade em toda a cadeia no setor. Hoje, as empresas gráficas desejam que sua comunicação impressa cumpra os chamados “padrões verdes”. Além disso, segundo os organizadores, esses novos modelos desenvolvem um fator competitivo importante com a economia de recursos, que geram benefícios substanciais nos custos.

A tecnologia de impressão 3D, que está em evidência na indústria gráfica, também demonstrará nos estandes suas soluções para os clientes. As aplicações e processos de impressão podem significar uma enorme economia, por isso, a Drupa está apresentando as últimas inovações, aplicativos e soluções para processos de impressão em vidro, cerâmica, têxteis, filmes, metais e plásticos especialmente para mercados como por exemplo o de automóveis, produtos farmacêuticos, alimentos e cosméticos.

Para entender a grandiosidade do evento e suas proporções, o maior estande dessa feira é de uma empresa norte-americana de impressão digital, que dispõe de uma área equivalente ao espaço total do Parque Anhembi, em São Paulo.

Abigraf Nacional

Com o objetivo de deixar os empresários e profissionais gráficos bem informados no Brasil sobre as novidades da Drupa, a Abigraf Nacional também criou a Newsletter “Direto da Drupa”  onde se encontrarão as últimas notícias sobre a participação brasileira, além de novidades em tecnologia, comunicação, equipamentos, produtos e insumos.

A Abigraf é uma entidade que trabalha no desenvolvimento e no fortalecimento da indústria gráfica nacional e da comunicação impressa. Com 22 sedes regionais instaladas nas diferentes regiões do País, reúne 21 mil empresas associadas, e estima-se que, em 2015, geraram de uma produção industrial de cerca de R$ 45 bilhões e 201 mil empregos diretos.

Cenário gráfico brasileiro

A despeito do cenário de crise econômica no Brasil, a indústria gráfica do País, com 20.478 empresas e empregadora de 201 mil trabalhadores, manteve razoável portfólio de investimentos nos dois últimos anos, na importação de máquinas e equipamentos: US$ 697 milhões, em 2015, e US$ 975 milhões, em 2014. “Com aporte acumulado de US$ 6,86 bilhões de 2010 a 2015, o setor manteve um processo de atualização tecnológica que o alinha dentre os mais avançados do mundo e na vanguarda latino-americana”, salienta Levi Ceregato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional).

Em 2015, o faturamento do parque impressor brasileiro, foi de R$ 45 bilhões de reais, equivalentes a US$ 13,5 bilhões, ao câmbio médio de 2015. Nove segmentos formam seu universo de atuação, que contempla embalagens (42,7%); publicações – livros, revistas, manuais e guias (26,1%); impressos promocionais (9,7%); impressos de segurança, fiscais, formulários (6,7%); etiquetas (4,9%); cadernos (3,2%); atividades de pré-impressão (3,2%); cartões (2,9%) e envelopes (0,5%). A participação da indústria gráfica no Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) é de 0,3%, enquanto na indústria de transformação é de 3%.

O setor mantém expectativa positivas quanto às mudanças que ocorrem no cenário político do Brasil, esperando que elas proporcionem a adoção de políticas públicas mais eficazes para a retomada do crescimento econômico.

A indústria gráfica brasileira ainda é pouco integrada economicamente, mas há muitas oportunidades a serem exploradas. No último exercício, teve como maiores compradores dos seus produtos os países latinos, somando 68% do total, e também os Estados Unidos, com 16%. O mercado nacional importou impressos da China (24%), Estados Unidos (19%) e Hong Kong (7%), dentre outra nações. Das compras externas, 27% são originárias de países europeus, como a Suíça, Espanha, Reino Unido, Itália, França e Alemanha. Em 2015, as importações alcançaram US$ 378,4 milhões e as exportações, US$ 270,4 milhões, resultando em déficit na balança comercial setorial de US$ 108 milhões (FOB).

Tal qual se observa em todo o mundo, a maioria das empresas gráficas brasileiras, ou 97%,  é formada por microempresas de 0 a 9 empregados e de pequeno porte (de 10 a 49 empregados). Uma parcela de médio porte (de 50 a 249 empregados) corresponde a 2,6% do segmento, enquanto as grandes empresas (de 250 ou mais empregados) abrangem 0,5% do setor. 

Pós Drupa – ABTG

A Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), participa da feira com dois especialistas gráficos que mapearão as  informações, tendências, novas tecnologias para apresentar o  seminário pós-Drupa com todas as novidades. “É um momento para quem não teve oportunidade de ir à feira de descobrir o que há de mais novo, além de pautar a indústria brasileira para qual será o direcionamento da indústria mundial nos próximos cinco anos”, explica Levi Ceregato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional).

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