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Ausência da Petrobrás é sentida em rodada marcada por baixos investimentos

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RIO DE JANEIRO – A maior empresa de petróleo do Brasil não marcou presença em um dos mais importantes eventos do ano para o setor de óleo e gás nacional. Em meio a uma gestão de cortes de operações e uma severa paralisação de novos projetos com seu plano de negócios, a Petrobrás não fez nenhuma oferta de investimento nas áreas da 13ª Rodada de Licitações, que aconteceu nesta quarta-feira (7). A estatal não foi a única a se ausentar, no entanto: em um leilão que foi marcado por uma participação mais intensa das pequenas e médias empresas, os demais gigantes do setor evitaram fazer novas apostas. A rodada confirmou os efeitos da crise, com apenas 37 blocos arrematados em um total de 266.

Os tempos de dificuldade na indústria devem ainda se estender por tempo indefinido. Com as perspectivas pouco otimistas consolidadas no novo leilão de licitações, a Petrobrás demonstra ao mercado brasileiro que o cenário vai ser apertado porquanto durarem as adversidades vividas pela empresa. O momento é de fechar o bolso e isso vem sendo exposto de forma clara pela estatal, que reduz cada vez mais suas perspectivas de negócios.

Os números não negam a frustração da 13ª Rodada. Realizado em meio à grave recessão do segmento de óleo e gás, o leilão trouxe uma drástica redução de aportes em comparação a seus antecessores. Isso a começar pelo número de empresas inscritas: 36, metade das 72 que compareceram à 11ª Rodada, há dois anos. Na época, a arrecadação chegou a R$ 2,8 bilhões, enquanto as ofertas deste ano ficaram apenas em R$ 121,1 milhões. Na soma de investimentos, o valor caiu de uma estimativa de R$ 7 bilhões para apenas R$ 340 milhões.

De acordo com a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, o resultado do leilão foi positivo devido à expectativa moderada em torno das novas licitações. A rodada, segundo a executiva, representa uma continuidade de uma política voltada para a oferta de negócios para pequenas e médias empresas do setor. No total, foram 35 blocos arrematados em terra e dois no mar, a maioria em bacias maduras, comprovando a tendência do mercado de buscar mitigar os riscos trazidos com novas operações.

Os investimentos partiram de 17 empresas, das quais 11 são brasileiras. São elas: UTC, Phoenix, Geopark, Imetame, Vipetro, OP Energia, Parnaíba Gás Natural, BPMB Parnaíba, Parnaíba Participações, Oil M&S, Petrosynergy, Tarmar, Alvopetro, TEK, Engie (GDF Suez), Queiroz Galvão e Geopar-Geosol. As áreas arrematadas somam 33.617,83 km², e pertencem a um total de nove setores em quatro bacias: Parnaíba, Potiguar, Sergipe-Alagoas e Recôncavo.

O maior bônus de assinatura foi de R$ 63.860.099,99, oferecido na bacia Sergipe-Alagoas pela empresa Queiroz Galvão, que adquiriu o bloco com 100% de participação. O maior ágio do bônus no leilão foi de 387,5%, apresentado pela empresa Imetame, na Bacia do Recôncavo.

O conteúdo local médio no certame foi de 73,14% na fase de exploração e 79,51% no desenvolvimento dos campos. Com as novas áreas arrematadas, a estimativa de investimentos a serem cumpridos pelas empresas com o Programa Exploratório Mínimo é de R$ 216 milhões.

Fonte: http://www.petronoticias.com.br/archives/75591

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