CPI da Covid guarda 81 documentos, secretos ou livres, para análise da comissão
Os depoimentos desta semana da CPI da Covid foram cheios de tensão e na quarta-feira (12) a Comissão Parlamentar de Inquérito enfrentou seu primeiro impasse político: o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten teve a prisão requerida pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que o acusou de mentir na comissão. Wajngarten só escapou da prisão porque o presidente Omar Aziz (PSD-AM) disse que “não atuaria como carcereiro” do ex-funcionário do Planalto.
Quinta-feira (13) foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de habeas corpus para que o ministro da Saúde Eduardo Pazuello tenha o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI da Covid, marcado para a próxima semana. Vale lembrar que Pazuello é alvo de um inquérito na Justiça Federal de Brasília por sua gestão no combate à pandemia.
Para qualificar o debate e explicar que a CPI vai muito além de procurar culpados, mas pode ajudar a encontrar soluções para as questões que ainda não foram resolvidas, sugerimos os seguintes especialistas:
Do ponto de vista político e para entender os próximos passos da Comissão Parlamentar de Inquérito:
- Magno Karl: diretor executivo do Livres e cientista político. É bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Políticas Públicas pela Willy Brandt School of Public Policy e doutorando em Ciência Política na mesma instituição. É PhD fellow da Fundação Naumann Pela Liberdade e seus artigos já apareceram em publicações nacionais e estrangeiras, como o The Wall Street Journal, The Daily Telegraph. Forbes, Newsweek, Estadão e O Globo.
Sob o ponto de vista jurídico:
- Ricardo Prado: mestre em Direito Processual Penal e professor convidado de Direito Penal no curso de pós-graduação da Escola Superior do Ministério Público e Presidente do MPD – Movimento do Ministério Público Democrático, associação nacional de membros do MP voltada para a defesa da Democracia, Estado de Direito e Direitos Humanos. Trabalhou no Ministério Público de São Paulo por 35 anos, onde foi promotor de Justiça, atuou na Promotoria do Júri, Corregedoria da Polícia, Gaeco, Criminal, entre outras. Promovido a procurador de Justiça atuou nas áreas criminal e de Habeas Corpus.