Pesquisa da administradora Lello Condomínios, a maior do Estado de São Paulo, realizada em abril deste ano, aponta que a cota de condomínio média paga pelos paulistanos é de R$ 775 por mês, mas que esse valor varia 430,86% dependendo do número de apartamentos de cada edifício.

O levantamento foi realizado com base em uma amostragem de 1.996 condomínios residenciais em diferentes bairros da capital paulista, onde vivem cerca de 800 mil pessoas.

Enquanto nos prédios que possuem mais de 150 apartamentos o condomínio médio é de R$ 399,21, nos empreendimentos com até 30 unidades esse valor chega a R$ 2.119,26. Já nos condomínios com número de apartamentos entre 31 e 70 a cota é de R$ 941,21, enquanto naqueles que possuem entre 71 e 150 unidades a taxa é de R$ 643,66 mensais. A arrecadação mensal média de cada prédio paulistano é de R$ 54.884,13, e a inadimplência no pagamento da cota (boletos em aberto após dois meses) fica em 4,48%.

A zona sul tem o condomínio mais caro da cidade: R$ 1.025,95, em média. Naquela região, os moradores dos prédios com até 30 apartamentos pagam R$ 2.707,82 por mês, enquanto os que residem em prédios entre 31 e 70 unidades têm taxa média de R$ 1.030,61. Os condomínios que possuem entre 71 e 150 apartamentos têm condomínio médio de R$ 698,84, e os que possuem mais de 150 unidades têm cota de R$ 556,39. A arrecadação mensal média de cada prédio da zona sul é de R$ 56.529,19, e a inadimplência fica em 3,47%.

De lado oposto, a zona norte de São Paulo tem o valor mais baixo de condomínio da cidade: R$ 521,14. Lá, os moradores dos prédios com até 30 apartamentos pagam R$ 1.822,57 por mês, enquanto os que residem em prédios entre 31 e 70 unidades têm taxa média de R$ 834,13. Os condomínios que possuem entre 71 e 150 apartamentos têm condomínio médio de R$ 685,57, e os que possuem mais de 150 unidades têm cota de R$ 296,24. A arrecadação mensal média de cada prédio da zona sul é de R$ 55.825,17, e a inadimplência fica em 5,16%.

Os moradores dos prédios da zona leste pagam em média R$ 608,36 de condomínio por mês. Naquela região, os residentes em prédios com até 30 apartamentos pagam R$ 1.660,55 por mês, enquanto os que residem em prédios entre 31 e 70 unidades têm taxa média de R$ 909,50. Os condomínios que possuem entre 71 e 150 apartamentos têm condomínio médio de R$ 615,06, e os que possuem mais de 150 unidades têm cota de R$ 364,77. A arrecadação mensal média de cada prédio da zona sul é de R$ 58.377,92, e a inadimplência fica em 4,55%.

Já na zona oeste da capital paulista tem valor médio de condomínio R$ 894,74 mensais. Lá, os moradores dos prédios com até 30 apartamentos pagam R$ 2.223,29 por mês, enquanto os que residem em prédios entre 31 e 70 unidades têm taxa média de R$ 967,63. Os condomínios que possuem entre 71 e 150 apartamentos têm condomínio médio de R$ 720,96, e os que possuem mais de 150 unidades têm cota de R$ 397,90. A arrecadação mensal média de cada prédio da zona sul é de R$ 51.683, e a inadimplência fica em 3,79%.

O levantamento mostrou que 45% das despesas dos prédios são com a folha de pagamentos e encargos dos funcionários, 20% são relativas a contas de água, luz e gás, outros 20% a contratos de conservação e manutenção, 10% representam gastos com seguros e despesas administrativas e 5%, poupança para despesas não previstas.

“O principal fator determinante do valor do condomínio é a quantidade de condôminos que dividem a conta do conjunto de despesas do prédio. Assim quanto mais apartamentos o empreendimento tiver, menor tende a ser o valor da cota paga pelos moradores. As diferenças regionais se explicam, de modo geral, pelo perfil dos empreendimentos, quantidade de funcionários, gastos com salários e os valores de contratos de manutenção e conservação”, explica Angélica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios.

Ainda segundo a Lello, 19% dos condomínios da cidade ficam na zona leste, 20% estão na zona oeste, 12% na zona norte e 49% na zona sul.