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Projeto Raízes da União inicia plantio de mudas de árvores no Sistema Cantareira em SP

Projeto Raízes da União inicia plantio de mudas de árvores no Sistema Cantareira em SP
  • Serão plantadas entre 70 e 80 espécies de árvores nativas do bioma mata atlântica na área de preservação permanente de Atibainha, em Nazaré Paulista, parte do sistema Cantareira
     
  • Em setembro, o Sistema Cantareira chegou em estado de alerta, com volume em 30,7%, inferior ao período pré-crise hídrica em 2013 que contava com 55%

O Programa Raízes da União, iniciativa socioambiental da farmacêutica União Química, conta com um investimento total de R$ 30 milhões para o plantio de 1 milhão de árvores nativas nos estados onde estão localizadas as unidades industriais da companhia — São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal e, em parceria com o Instituto IPÊ, no próximo 5 de outubro, em Nazaré Paulista, às 10 horas, dará continuidade ao plantio das 100 mil mudas de árvores nas margens do Cantareira na região paulista. Ao todo, serão plantadas entre 70 e 80 espécies de árvores nativas da mata atlântica.

O Sistema Cantareira é responsável por mais de 46% do abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), distribuindo água para mais de 7,6 milhões de pessoas. No entanto, este mês, o nível do reservatório encontra-se em estado de alerta, com volume em 30,7% de sua capacidade de armazenamento — patamar inferior ao início da crise hídrica de 2013 que estava em 55%. Para a preservação do manancial é necessário recuperar as áreas florestais no entorno do Cantareira.

Segundo o Instituto IPÊ, a manutenção da vegetação, principalmente de árvores e florestas, é essencial para evitar o assoreamento e a compactação do solo, problemas que colocam em risco a capacidade de armazenamento dos reservatórios. “O nosso grande esforço é colaborar para regenerar a Mata Atlântica do Sistema Cantareira. Neste primeiro momento, serão plantadas 100 mil árvores que irão nos ajudar a melhorar a qualidade da água e também a recompor a biodiversidade em uma área estratégica ecologicamente, que abriga espécies ameaçadas e vulneráveis e que também é fonte de vida para milhares de pessoas. Esse é um movimento conjunto, em parceria, porque sabemos da importância da atuação em rede pela conservação da natureza”, explica Suzana Machado Pádua, presidente do Instituto IPÊ.

Plantio iniciado

O projeto começou em março, no fim da temporada de chuvas, quando foram plantadas as 1.000 primeiras mudas, no entorno do reservatório Atibainha, um dos quatro que formam o Sistema Cantareira. A área beneficiada com a ação de restauração foi de 231.200 m², o que equivale a mais de 32 campos de futebol. A partir da segunda quinzena de setembro, por conta da proximidade do início da temporada de chuvas, será iniciado o plantio em três áreas: uma área no entorno do reservatório do Atibainha; outra que abrange a região de Piracaia e por última uma área em Bragança Paulista, todas próximas ao reservatório Jaguari-Jacareí.

Segundo Paulo Roberto Ferro, engenheiro florestal do Instituto IPÊ, “os plantios na região também irão contribuir com a proteção de cursos d’água e das nascentes e com a maior infiltração da água da chuva no solo, que é liberada aos poucos para a represa. Essas são estratégias para aumentar a segurança hídrica do Sistema”, explica. Entre as espécies nativas da Mata Atlântica que serão plantadas estão: aroeira-pimenteira, pau-jacaré, ingá, capinxigui, pau-cigarra, angico-branco, paineira, sangra-d’água, entre ouras.

Estiagem

De acordo com Alexandre Uezu, pesquisador do Instituto IPÊ, na primeira quinzena de julho, o Sistema Cantareira já registrava 38% de volume — estado de alerta — inferior, inclusive, ao período pré-crise hídrica em 2013 que contava com 55%. Em setembro deste ano baixou para 21,2%. “Quando observamos o histórico dos últimos 5 anos vemos que temos ficado abaixo da média histórica no volume de chuva. Em 2022, até o julho, ficamos 271 mm abaixo do esperado, o que pode ser considerado também como um sinal de alerta por ser ainda a metade da temporada mais seca do ano”, explica.

Educação ambiental

Outro aspecto importante no esforço para a restauração das florestas está na educação voltada a crianças e adolescentes. Nesse sentido, em São Paulo, o Programa Raízes da União também terá como parceiro o Centro de Educação Ambiental de Guarulhos (CEAG), que irá proporcionar formação para professores e para mais de 2 mil alunos da rede pública de Guarulhos, Embu-Guaçu e Pouso Alegre, além de outras localidades do país onde a companhia possui suas unidades industriais. O foco da iniciativa está na conscientização da importância de cuidar do meio ambiente.

“Nosso objetivo é criarmos cidadãos ativos, que são coautores na realidade onde estão inseridos. Queremos sensibilizar educadores, crianças e suas famílias para realizarem as melhores escolhas para eles e para o planeta”, finaliza a dra. Monica Simons, diretora do CEAG, parceiro da União Química no Programa Raízes da União de Educação Ambiental.

A saúde é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo estado completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades, esse é o norte utilizado pela União Química em suas ações. “O compromisso da União Química com a sociedade brasileira é muito maior do que produzir medicamentos, temos consciência do nosso papel de liderança em ações que farão a diferença para as próximas gerações. E o programa Raízes da União demonstra essa nossa preocupação com o meio ambiente, com a formação das crianças e com o futuro”, finaliza Fernando de Castro Marques, presidente da União Química.

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