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Endometriose: Novo estudo francês traz esperança para o diagnóstico precoce da endometriose

Endometriose: Novo estudo francês traz esperança para o diagnóstico precoce da endometriose

Doença costuma levar anos para ser diagnosticada, pois sintomas se confundem com manifestações normais do ciclo menstrual. Sem tratamento, endometriose pode assumir formas mais graves e comprometer diversos aspectos da vida da mulher 

Um novo estudo publicado pelo Journal of Clinical Medicine trouxe esperança em relação ao diagnóstico precoce da endometriose. A pesquisa analisou o miRNA — micro RNA – de amostras de saliva de 200 pacientes que apresentavam dor pélvica crônica que seria indicativa de endometriose, buscando identificar biomarcadores. Com isso, os pesquisadores diagnosticaram a doença em 76,5% das pacientes, demonstrando ser um potencial procedimento não invasivo para melhorar o diagnóstico da endometriose, um dos seus maiores desafios, já que os sintomas se confundem com reações comuns do período menstrual.

“É comum a demora em procurar ajuda médica, já que os sintomas confundem a paciente. E mesmo quando há intervenção médica, nem sempre o diagnóstico é realizado da melhor forma e logo de início, podendo levar anos para ser feito. É animador saber que novos estudos podem apontar para uma melhora desse cenário, já que o diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar o agravamento da doença e devolver a qualidade de vida à paciente”, comenta o ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose.

O que é a endometriose

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. É comum que elas se acumulem nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo.

Sem tratamento, a doença pode atingir formas graves, como a chamada endometriose profunda, que tem sintomas mais severos e deixam a mulher incapacitada para uma rotina normal. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) têm a doença.

Como identificar sinais de alerta

Entre os principais sintomas da endometriose, destacam-se as cólicas de forte intensidade e a dificuldade em engravidar. No segundo caso, é natural que as mulheres busquem ajuda profissional, quando desejam ter um filho. Mas no caso

das cólicas, isso nem sempre acontece. Observar essas dores é importante para identificar se é o caso de recorrer a um médico. “Cólicas de maior intensidade e duração, que podem afetar a rotina e a produtividade, devem ser encaradas como sinal de alerta”, frisa Bellelis.

Outros sinais que não devem ser ignorados durante o ciclo menstrual são dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar e dores nas costas. Sintomas fora do período menstrual também merecem atenção. A indicação do especialista é que, ao sentir qualquer coisa fora do normal, durante o ciclo ou fora dele, a mulher procure um ginecologista para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes, se necessário.

PATRICK BELLELIS — GINECOLOGISTA

Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia — FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica — IRCAD — do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012.

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