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Ginecologista alerta para o risco do câncer de ovário

Ginecologista alerta para o risco do câncer de ovário

 Doença é responsável pela morte de quase 3.300 brasileiras por ano e já é a maior causa mortes por tumores ginecológicos no mundo

O câncer de ovário, ainda motivo de pouca atenção da população, é considerado o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também o mais fatal. São quase 250 mil novos casos diagnosticados anualmente em todo o mundo, dos quais cerca de 140 mil acabam em óbito. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2014 foram contabilizados 5.680 casos e a estimativa para este ano é de que 6.150 mulheres sejam diagnosticadas com a doença. Porém, o diagnóstico na fase inicial pode fazer toda a diferença. Quando o tumor é detectado ainda no ovário, até 90% das mulheres têm chance de cura.

De acordo com o ginecologista do Hapvida, Hamilton Franco Júnior, existem três tipos de tumores que ocasionam o câncer de ovário. “Os tumores epiteliais surgem na camada externa do ovário, os tumores de estroma que aparecem no tecido que contém células produtoras de hormônios e os tumores de células germinativas que começam nas células produtoras de óvulos. O último é mais comum em mulheres mais jovens”, esclarece.

O médico explica que a causa do câncer de ovário ainda é desconhecida, mas entre as condições de risco estão fatores genéticos (mudança no DNA), uso de medicamentos para fertilidade, uso de andrógenos (hormônios esteroides), mulheres acima dos 40 anos, não ter filhos ou ser estéril, histórico familiar, realizar reposição hormonal e ter síndrome dos ovários policísticos.

Os sintomas do câncer de ovário são discretos e tardios, dando sinais apenas quando a doença está em estágio avançado e já se espalhou por boa parte do aparelho reprodutor. Eles são frequentemente confundidos com os sintomas de outras enfermidades, complicando ainda mais a realização de um diagnóstico precoce. “Uma grande dificuldade é que as características dos sintomas não se restringem ao câncer de ovário, não sendo como o câncer de útero, em que a mulher apresenta sangramento. A recomendação é que ao sentir algo fora do habitual, que procure um médico”, alerta o ginecologista do Hapvida.

Entre os possíveis sintomas, estão o aumento do volume abdominal, dor abdominal ou pélvica, necessidade frequente de urinar, náuseas, dificuldade para comer ou a rápida sensação de saciedade, alterações do ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, dor nas costas e prisão de ventre. O diagnóstico pode ser iniciado com exames de imagem (ultrassonografia, tomografia) ou por meio de marcadores tumorais detectáveis no exame de sangue. Enquanto o diagnóstico definitivo só pode ser feito mediante biópsia, retirando cirurgicamente um pedaço do tumor.

“Quando detectado, a cirurgia se apresenta como o principal tratamento do câncer de ovário. Em estágios iniciais, o procedimento se dá na retirada do útero e ovários. Já em casos avançados, serão removidos todos os tumores visíveis, que tenham avançado para outras regiões do corpo. A quimioterapia, tratamento que introduz na corrente sanguínea medicamentos anticancerígenos, é recomendada para diminuir o crescimento do tumor no processo pré ou pós-operatório”, finaliza.

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