Vacinas: importantes aliadas da imunidade
Especialista alerta para atenção ao calendário vacinal. “As vacubas são fundamentais para proteger contra doenças imunopreveníveis e devem estar entre as prioridades da rotina de cuidados com a saúde”, orienta médica.
“A pandemia de Covid-19 impôs medidas de distanciamento social e o medo de exposição ao vírus provocou uma redução preocupante da procura por vacinas, tanto em setores privados como públicos”. O alerta é da médica infectologista do Grupo Sabin, Luciana Campos.
A preocupação da especialista é amparada pelos dados disponíveis na série de cobertura vacinal do DataSus, que apontam um contingente de crianças menores do que 12 meses com atraso de seus calendários vacinais. O balanço do Ministério da Saúde revela que no primeiro semestre deste ano, grande parte das vacinas disponíveis no país alcançaram apenas 60% da meta estimada de imunização. “É uma interrupção, mesmo que temporária da imunização de rotina, que pode levar a subsequentes surtos de doenças imunopreveníveis”, destaca a infectologista.
Atenta à esta incidência de queda e suas consequências, a especialista reitera que este início de ano é o momento importante para retomar o calendário vacinal e incluí-lo na rotina de cuidados tanto com os pequenos e quanto com os adultos. Opções não faltam. Nas redes públicas e particulares, as doses de saúde estão disponíveis e são importantes aliadas para começar o ano com a imunidade em alta.
Referência em medicina diagnóstica, o Grupo Sabin conta com um portfólio com mais de 3.500 opções de testes, exames e 20 vacinas, como as pneumocócicas 13 (conjugada) e 23 (polissacarídica), disponíveis nas unidades de Brasília, Salvador, São José dos Campos, Uberaba, Uberlândia e Anápolis. “Essas vacinas atuam contra doenças causadas pelos pneumococos (e seus diversos sorotipos), como pneumonia, meningite, septicemia (infecção generalizada), sinusite e até mesmo otite média (infecção bacteriana do ouvido médio). Por isso, não cansamos de falar sobre a importância de priorizar as vacinas ao longo de todo o ano, inclusive durante a pandemia” afirma a médica. Transmitidas por meio de gotículas de saliva ou de muco, essas doenças, esclarece o especialista, podem ser evitadas por meio das vacinas, que “ajudam a produzir anticorpos que atuam no combate a essas doenças e protegem os pacientes”, finaliza.
Vacinas: sinônimo de proteção, prevenção e cuidados
Produzidas com microrganismos atenuados (enfraquecidos), inativados (mortos) ou produtos deles, como as toxinas, por exemplo, as vacinas estimulam o organismo a produzir anticorpos específicos, permitindo sua defesa em caso de contato com os agentes em questão.
Sobre a eficácia e função da vacina, a médica explica que quando ocorre uma infecção por determinados agentes, o sistema imunológico reconhece esses microrganismos como invasores estranhos e reage produzindo os chamados anticorpos. “A primeira função destes anticorpos é ajudar a destruir os microrganismos que estão deixando a pessoa doente e, embora os anticorpos não ajam rápido o suficiente para impedir que a indivíduo fique doente, eles auxiliam em sua eliminação. A segunda função dos anticorpos é proteger contra infecções futuras”, explica.
A especialista esclarece ainda que os anticorpos podem permanecer na corrente sanguínea e se os mesmos agentes tentam infectá-lo novamente – mesmo depois de muitos anos – os anticorpos podem voltar a atuar de maneira eficaz, se houver uma memória imunológica. “É por isso que, em algumas infecções, os sintomas podem não se repetir ou se repetirem de maneira mais branda, mesmo sendo expostos aos agentes várias vezes durante sua vida. Nessa situação, os anticorpos destroem os germes antes que eles tenham chance de deixar a pessoa doente. Esta é a imunidade semelhante à gerada pela vacina. Ou seja, as vacinas trabalham de forma semelhante às infecções, estimulando o sistema imune a produzir respostas imunológicas, de defesa” e finaliza “quando estamos vacinados e entramos em contato com os microrganismos das vacinas, o organismo os reconhece e não permite adoecermos na maioria das ocasiões”.