Investir em lâmpadas LED não compensa para gastar menos energia
PROTESTE mantém campanha para conta de luz pesar menos no bolso
A PROTESTE Associação de Consumidores fez os cálculos e constatou que os preços das lâmpadas LED ainda precisariam cair em torno de 43% para compensar a troca de todas as atuais lâmpadas de casa para economizar energia.
Apesar da maior eficiência energética das LEDs, o consumidor levaria cinco anos para ter retorno do investimento feito na substituição das lâmpadas fluorescentes. Só valeria a pena se ainda tivesse lâmpadas incandescentes em uso. Hoje, estão no mercado apenas as de 60 e 25 watts. As de 60 watts não poderão mais ser vendidas, a partir de junho e as de 25 watts, a partir do ano que vem, terão que estar fora do mercado. Para chegar a esta conclusão, a PROTESTE comparou o consumo de energia de quatro tipos de lâmpadas (LED, fluorescente, halógena e incandescente), simulando o gasto em um aposento de 15 m², iluminado por 8 horas diárias, durante 25 mil horas (tempo médio de vida útil de uma lâmpada LED), considerando a tarifa de R$ 0,84 por kW.h. Ao considerar um período de 8,5 anos, o custo total para cada uma das opções, seria de R$ 433,65 para as lâmpadas LED e R$ 484,74 para as fluorescentes. A diferença entre as opções gera uma economia líquida de R$ 51,09. Dividido por 102 meses (equivalente a 8,5 anos) obtém-se a economia mensal, chegando ao resultado de R$ 0,50. Também foi feito levantamento de um custo de oportunidade, considerando esta economia aplicada a juros de poupança (7,74 % ao ano), resultando em R$ 127,18 no horizonte de 8,5 anos. Confira abaixo os gastos na conta de luz, no período de 8 anos e 6 meses, com diferentes tipos de lâmpadas:
Apesar de mais barata, as lâmpadas incandescentes eram as que mais consumiam energia, por isso foram tiradas do mercado. A vantagem de ter um custo inicial de apenas R$ 4,21 é ultrapassada pela tecnologia LED em menos de dois meses já que, neste cenário, o custo mensal da LED é de R$ 3,88 e o da incandescente é de R$ 20,16. Nos últimos 12 meses, considerando a média brasileira, o preço da energia elétrica aumentou 34,42%. Essa média foi superior a 50% em 2015. Em um cenário de recessão e aumento generalizado dos preços, os consumidores brasileiros têm feito o possível para enxugar os gastos. Entretanto, em relação à energia elétrica esse esforço tem se redobrado, porque além dos reajustes expressivos, por mais de um ano foram cobradas as bandeiras tarifárias vermelhas, suspensas a partir de abril. Para economizar energia elétrica, além de ficar atento ao uso desnecessário de alguns itens, em especial os que consomem mais energia, há outras precauções que podem fazer toda a diferença no valor da conta, como mostra a campanha da PROTESTE Quem Cala Paga Mais Luz (www.quemcalapagamais.com.br) para pressionar o governo a acabar com a cobrança das bandeiras tarifárias, ao invés de apenas suspendê-las. A PROTESTE está com ação em andamento pelo fim das bandeiras tarifárias, pois apesar da suspensão, elas podem retornar e os consumidores ainda terão o impacto dos reajustes anuais das concessionárias. |
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